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A utilização de bioestimulantes na cultura da framboesa


A utilização de bioestimulantes na cultura da framboesa


As elevadas produtividades estimadas em culturas superintensivas, como é o caso da Framboesa em ambiente controlado (tuneis e estufas), exigem um cuidado especial em termos de fertilização, habitualmente incorporada na sua grande maioria através do sistema de rega. O escalonamento e a adequação às necessidades específicas em cada fase vegetativa, permitem o cumprimento das expectativas potenciais para cultura. Os aumentos de produtividade observados nesta culturas e formas de condução, tem sido obtido através do melhoramento genético, da mecanização dos processos culturais e através das novas tecnologias associadas à fertirrigação. Todos estes processos passam pela melhoria da eficiência de processos externos à planta.
 
A utilização dos bioestimulantes, é apontada hoje como uma importante nova linha de metodologias para aumentar a produtividade, e que passa por desenvolver e otimizar a eficiência dos processos internos das plantas, nomeadamente a eficiência nutricional, a resistência a fenómenos de stress biótico e abiótico através da indução de resistências sistémicas. Não fornecendo necessariamente nutrientes à planta, os bioestimulantes devem permitir atingir ou potenciar o cumprimento do potencial produtivo das plantas, desenvolvido através do melhoramento genético, ao melhorar a eficácia dos processos fisiológicos associados ao crescimento e à produção.
 
Neste sentido fizemos uma parceria com um produtor de Framboesas, do universo Driscoll, sediado perto do Cabo Sardão, com objetivo de avaliar o efeito da aplicação de biostimulantes via rega e via foliar, num ensaio efectuado em três parcelas de 0,5 hectares, com um sector testemunha (3), um sector idêntico em vigor e densidade (1), com aplicação do Flavonin via foliar, e um ultimo sector (3) com menor vigor e onde ocorreu uma  fraca rebentação  (cerca de 50% do observado nos outros dois sectores) com aplicação de Algipower através do sistema de rega e com aplicações foliares de Flavonin.
 
Com um protocolo aconselhado de 4 aplicações espaçadas de 10 a 14 dias iniciadas assim que existisse uma área foliar suficientemente desenvolvida para receber uma aplicação foliar, o ensaio acabou por ter a aplicação no sector 1 reduzido a duas aplicações, por conselho dos técnicos da Driscoll por acharem o desenvolvimento vegetativo  promovido pelo Flavonin muito forte e por receio de dificuldades com o processo da colheita. Este ensaio decorreu com a variedade Maravilha, que já de si tem um bom vigor. No sector dois, uma vez que a densidade inicial era bastante inferior ao normal mantiveram-se as 4 aplicações, o que permitiu no final do ciclo, uma área foliar e uma produtividade idêntica  ao verificada no setor testemunha (3).
 
Apesar da produtividade deste ciclo ter ficado abaixo das expectativas, devido ao invulgar outono e inverno verificados no final de 2020, os resultados espessaram um aumento de produtividade de 12,5% no setor normal (1), em relação à testemunha onde foi efetuado o protocolo do produtor(3) e uma produtividade idêntica  no  caso do setor (2) onde tínhamos inicialmente uma densidade de plantas de 50%. Neste último caso a recuperação do campo também passou pela incorporação  do Algipower na fase de arranque da vegetação dividida em 4 aplicações semanais, iniciadas ao abrolhamento das canas. Os consumos protocolados foram de 4 litros/ha de Flavonin e 5 kg/ha de Algipower.
 






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